sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Humanidade

Humanidade que te apresentas
Mais artificial do que nunca o foste
Criando e destruindo diariamente

Relações que se formam do nada
Que crescem e evoluem mais do que depressa
Com bases tão sólidas como quebradiças
Desde que existam, que mais interessa?

Baseadas em amores pré-feitos
Criadas sobre olhares perfeitos
Reagem tanto ao que se ve
A apreciações tão físicas como fúteis
Acabando em relações mais do que inúteis

E sonhar sabe tão bem
Que até acordados o fazemos
Já que de olhos abertos
Vemos mais do que queremos

Sobre balanças descalibradas
A justiça já não é mais cega
Esquecida por todos
Chamada por aqueles, que derrotados,
Ainda nela acreditam...

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