Acordou seco de vida...
Acordou seco para a vida...
Mas vestiu o corpo que não sentia
A historia já não se lia mais nas páginas
Ele, seguia as ruas
E virava nas curvas
Sombra do pó dos ossos velhos
O pó intoxicante da miséria
O pó que queima sem nunca cessar
Estava sozinho no beco, no mundo
Onde só o seu respirar profundo, se ouvia
Preso às quatro paredes de uma cria
Abandonada pela sua mãe esguia:
-A determinação de ser alguém
E foi assim que se olhou ao longe, no rio
Debaixo de si, debaixo de uma figura de nada
Um fantasma de sóbria dor
A ponte tremendo, e os seus pés firmes
Foi assim, até nada mais ser
A história já não se lia mais nas páginas
Acabada pelo desistir de um fogo
Mísero, velho, esquartejado
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