Seguindo os fios do céu
Marcando passo sobre o estrelado céu fluente
Montanhas pintadas de leve branco
Algumas sorrindo ao sol poente
São poucas as luzes que vêem os homens das alturas
Constelações encadeadas pelos rios de luz,
Desvanecendo,
Homens, que em filas nuas percorrem a frescura
Da terra, eterna como o tempo
São mil, os milhões que aqui se perdem
Desconhecendo, mas sabendo o sabor de sonhar
Olham os fundos amargos escuros
Negros, que lhes chamam o olhar,
O nome com voz leve, imensa
Condenados da sua escolha
Esquecem do medo o intelecto
E andam para um trilho sem tecto
De onde nunca poderão voltar
Os restantes, os sóbrios de não pensar
Seguindo o suave sentido da melodia
Que roda no coração e toca em toda a plenitude
Já nem da sensação de altitude
Percebem que não são mais do que velhas almas
Cansadas da vida lúcida e carnal
Onde dos séculos, cada um se tornou imaterial
O passado deixa de existir
Os portões abrem-se num eclodir luminoso
São magros os compassos e contratempos
Absorvidas as almas e sugados os momentos
Fatal sonho de morrer
Sobre o paraíso, dormem na nobreza de nascer
Para sempre...
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Justiça: Reflexão
Acredito que talvez a justiça seja prática
Esboçada no esforço sistemático de cada um
Resultando apenas para os que vivem no padrão
Mas qual é o termo certo para esta justiça
Aquela que fecha os olhos à diversidade
Que regue a sua missa, a sua honestidade
Sobrepondo as suas ideias em contradição
De facto, à medida que vivemos, progredindo
Reparamos nos seus pequenos defeitos que nos afectam
Evoluindo, sempre à espreita do erro que justifique
A injustiça, não a justiça, para os que pecam
Mas o que torna eticamente errado o acto
O que prova uma conclusão, um desfecho negativo
Senão a linguagem humana, adaptada
Recriada aquando do momento decisivo
Por vezes sentimos um cru desespero
Caindo na busca perdida pelo chão
Acreditando na perseverança e não no medo
E na luta, que será da queda o nosso colchão
Esboçada no esforço sistemático de cada um
Resultando apenas para os que vivem no padrão
Mas qual é o termo certo para esta justiça
Aquela que fecha os olhos à diversidade
Que regue a sua missa, a sua honestidade
Sobrepondo as suas ideias em contradição
De facto, à medida que vivemos, progredindo
Reparamos nos seus pequenos defeitos que nos afectam
Evoluindo, sempre à espreita do erro que justifique
A injustiça, não a justiça, para os que pecam
Mas o que torna eticamente errado o acto
O que prova uma conclusão, um desfecho negativo
Senão a linguagem humana, adaptada
Recriada aquando do momento decisivo
Por vezes sentimos um cru desespero
Caindo na busca perdida pelo chão
Acreditando na perseverança e não no medo
E na luta, que será da queda o nosso colchão
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