Sopra um azul nas alturas
De um tom limpo e risonho
Vamos imaginar que o céu é o tempo
E cada nuvem é um sonho
Já que as nuvens se tocam
E os sonhos voam na imensidão
Sejam eles de sorte ou ambição
São tão leves que flutuam
Tão delicados que se misturam
Maior o sonho que formam
Que lá em cima anda
Criado, imaginado por nós
No céu, que é rio sem foz
É magistral e encanta
Vamos olhar o céu uma vez mais
Acreditando ter asas indomáveis
Que do chão arranquem os pés
Pois as nuvens são sonhos alcançáveis
sábado, 26 de março de 2011
quarta-feira, 2 de março de 2011
Partir...
Tudo o que o nevoeiro esconde
São os teus passos desenhados
Aqueles que te levam de mim
Amanha, talvez, seja o futuro
Mas não o nosso, só o meu
O que partilhado foi e se perdeu
Não nasce como uma flor no nosso fim
Que seja o final da melodia
Que é teu som, doce hipocrisia
De transformar tão puro sentimento
Em vil e vão tormento
O meu mar é o tempo
Esse mesmo mar que eu perdi
No tempo, meu, para ti...
São os teus passos desenhados
Aqueles que te levam de mim
Amanha, talvez, seja o futuro
Mas não o nosso, só o meu
O que partilhado foi e se perdeu
Não nasce como uma flor no nosso fim
Que seja o final da melodia
Que é teu som, doce hipocrisia
De transformar tão puro sentimento
Em vil e vão tormento
O meu mar é o tempo
Esse mesmo mar que eu perdi
No tempo, meu, para ti...
Insectos
Noite, és o negro som da vida,
Que esconde sombras sobre sombras
E pinta o mar de preto, e a luz,
Aquela que derrubas e tombas
De inveja de seu magro brilho
Mil faces há em ti
De cobardia enterradas e sós
São a malícia, todos sabemos
Mascaras no negro atroz
O pequeno insecto que nos suga
Encontramo-nos, por fim, vazios
Saboreando o pouco sangue que resta
Somos o prato onde finas espinhas ficam
Mas és tu, noite, que não presta
E mancha de miséria a misera justiça
Que esconde sombras sobre sombras
E pinta o mar de preto, e a luz,
Aquela que derrubas e tombas
De inveja de seu magro brilho
Mil faces há em ti
De cobardia enterradas e sós
São a malícia, todos sabemos
Mascaras no negro atroz
O pequeno insecto que nos suga
Encontramo-nos, por fim, vazios
Saboreando o pouco sangue que resta
Somos o prato onde finas espinhas ficam
Mas és tu, noite, que não presta
E mancha de miséria a misera justiça
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